Rubiaceae

Psychotria borjensis Kunth

LC

EOO:

2.739.002,102 Km2

AOO:

128,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com distribuição: no estado do Acre — nos municípios Acrelândia, Jordão, Manoel Urbano e Senador Guiomard —, no estado do Amazonas — nos municípios Autazes, Boca do Acre, Iranduba, Manaus, Maués e Parintins —, no estado do Maranhão — nos municípios Lago Verde e Loreto —, no estado do Mato Grosso — nos municípios Aripuanã, Cuiabá e Jauru —, no estado do Pará — nos municípios Alenquer, Altamira, Faro, Itaituba, Marabá, Oriximiná e Santarém —, e no estado de Rondônia — no município Ariquemes.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Mário Gomes
Categoria: LC
Justificativa:

Arbusto ou árvore, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Foi coletada em multiplas fitofisionomias (Floresta de Terra-Firme Floresta Ombrófila) associadas a Amazônia, em 6 estados e mais de 10 municípios. Apresenta distribuição ampla, constante presença em herbários e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral e em áreas onde ainda predominam na paisagem extensões significativas de ecossistemas florestais em estado prístino de conservação. A espécie ocorre aparentemente de forma ocasional na maior parte das localidades em que foi registrada. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro. A espécie ocorre em territórios que serão contemplados por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAMATO - 1 (PA).

Último avistamento: 2009
Quantidade de locations: 15
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Nov. Gen. Sp. (quarto ed.) 3: 357. 1818[1819]. É afim de P. rugulosa, mas difere pelas folhas onduladas e não foveoladas, e inflorescências em corimbos 5-radiados e flores muito menores (Humboldt et al. 1818). Não foi encontrado tratamento taxonômico mais recente.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Não
Detalhes: A espécie não possui potencial valor econômico.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Fenologia: perenifolia
Longevidade: perennial
Biomas: Amazônia
Vegetação: Floresta de Terra-Firme, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Clone: no
Rebrotar: unkown
Detalhes: Árvore de até 5 metros de altura.

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.3 Agro-industry farming habitat past,present,future regional medium
A floresta amazônica perdeu 17% de sua cobertura florestal original, 4,7% somente entre 2000 e 2013, principalmente devido à atividades oriundas da agroindústria (Charity et al., 2016). Segundo Fearnside (2001), a soja é muito mais prejudicial do que outras culturas, porque justifica projetos de infraestrutura de transporte maciço que desencadeia outros eventos que levam à destruição de habitats naturais em vastas áreas, além do que já é diretamente usado para o seu cultivo. Em função do cultivo de soja a agroindústria nacional se interiorizou, a fronteira agrícola, a avicultura e suinocultura expandiram, novas fronteiras foram abertas e cidades fundadas no interior, surgindo como um novo fator responsável pela destruição da floresta (Domingues e Bermann, 2012). A produção de soja é uma das principais forças econômicas que impulsionam a expansão da fronteira agrícola na Amazônia brasileira (Domingues e Bermann, 2012, Vera-Diaz et al., 2008). Um conjunto de fatores que influenciou o mercado nacional e internacional, por meio de um processo de globalização, combinado com a crescente demanda por soja, baixos preços das terras e melhor infraestrutura de transporte do sudeste da Amazônia levou grandes empresas de soja a investir em instalações de armazenamento e processamento na região e, consequentemente, acelerou a taxa na qual a agricultura está substituindo as florestas nativas (Domingues e Bermann, 2012; Nepstad et al., 2006; Vera-Diaz et al., 2008). No Cerrado, a modernização da agricultura sem preocupação com o meio ambiente têm gerado impactos em diversos municípios do Maranhão, como em Loreto (Souza e Khan, 2001).
Referências:
  1. Charity, S., Dudley, N., Oliveira, D., Stolton, S., 2016. Living Amazon Report 2016: A regional approach to conservation in the Amazon. WWF Living Amazon Initiative, Brasília and Quito.
  2. Fearnside, P.M., 2001. Soybean cultivation as a threat to the environment in Brazil. Environ. Conserv. 28, 23–38. https://doi.org/10.1017/S0376892901000030
  3. Vera-Diaz, M. del C., Kaufmann, R.K., Nepstad, D.C., Schlesinger, P., 2008. An interdisciplinary model of soybean yield in the Amazon Basin: The climatic, edaphic, and economic determinants. Ecol. Econ. 65, 420–431. https://doi.org/10.1016/j.ecolecon.2007.07.015
  4. Nepstad, D.C., Stickler, C.M., Almeida, O.T., 2006. Globalization of the Amazon Soy and Beef Industries: Opportunities for Conservation. Conserv. Biol. 20, 1595–1603. https://doi.org/10.1111/j.1523-1739.2006.00510.x
  5. Domingues, M.S., Bermann, C., 2012. O arco de desflorestamento na Amazônia: da pecuária à soja. Ambient. Soc. 15, 1–22. https://doi.org/10.1590/S1414-753X2012000200002
  6. Souza, R.F., Khan, A.S., 2001. A Modernização da Agricultura, Classificação dos Municípios e Concentração da Terra no Estado do Maranhão. Rev. Econ. Nordeste 32, 96–111

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAMATO - 1 (PA).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense (US), Floresta Nacional de Pau-Rosa (US), Parque Nacional de Pacaás Novos (PI).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.